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Desenho de Memória - de Alunos

Desenho de Memória

Os tipos de desenho são: desenho de observação, desenho de memória e desenho de criação.

Através da proposta para fazerem um Desenho de Memória, usando somente a linha de contorno de um objeto, meus alunos puderam trabalhar no papel com o lápis grafite e perceber nele as linhas retas, curvas, inclinadas e paralelas, como as dos exemplos abaixo.





Sem título - Márcio, aluno
grafite s/papel
Desenho de Memória


Sem título - Márcio, aluno
grafite s/papel
Desenho de Memória



Os desenhos acima foram feitos a partir da lembrança e escolha dos alunos, sem que se tenha colocado antes o objeto para observarem.
Observa-se que ao desenhar um objeto de memória as informações que se tem sobre ele foram representadas com forma simplificada, ou seja, com a forma básica.


"O olho, ponte entre a percepção e o mundo fenomenal, passa a ser a linha que liga dois universos: o lá de dentro e o lá de fora." (Edith Derdyk)


Neste vídeo do Youtube podemos ver um desenho de vista aérea da Itália feito de memória.




Tente fazer um desenho de memória, agora.


O desenho de memória pode ser feito como um esboço, de forma rápida, espontânea, de partes, do essencial ou do que é mais significativo de uma figura qualquer para quem desenha, ou seja, lugar, pessoa, objeto registrado na sua mente e transportado para o papel, depois incluir pormenores e outros elementos visuais como tons, texturas, cor, etc.,que achar necessário.
 
Pode-se também começar o desenho a partir da observação de um modelo, de um objeto bem observado e manuseado, e em seguida retirado do campo visual de quem vai representá-lo no papel ou em outro suporte.


Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.



Desenho Coletivo de Alunos

Desenho Coletivo

 
Desenho coletivo é aquele que um grupo de pessoas deu início e outras completaram a composição.

Através deste tipo de desenho, meus alunos puderam perceber a variedade de formas que se pode criar e que as diferentes soluções possibilitaram o enriquecimento do trabalho. A figura criada por um colega pode servir como sugestão para um outro imaginar a sua, criando novas abordagens para um mesmo tema, associando formas, representando espaços, sentimentos e idéias.


Sem título - de alunos, 7a. série
grafite s/papel
Desenho Coletivo



Sem título - de alunos, 6a. série
técnica mista - grafite, caneta hidrocor e lápis de cor s/papel
Desenho Coletivo



Sem título - de alunos
grafite s/papel
Desenho Coletivo

 

"A interferência escolar pode atuar de maneira criativa e enriquecedora, contribuindo para a continuidade das descobertas
e dos experimentos gráficos (...). " (Edith Derdik)


Desenhar junto com o grupo é uma prática que valoriza a criação do jovem, diferentemente da reprodução de desenhos que poda a sua criatividade e a sua liberdade de expressão. Também leva-o a respeitar o trabalho do colega, ver o seu respeitado, e contribuindo no processo e resultado final da atividade proposta.


"Educai as crianças e não será preciso punir os Homens". (Pitágoras de Samos)

"A importância do Grupo é fundamental. Ela possibilita, favorece e avalia nosso direito a novas crenças, novas opções e novas atitudes. A frequência continuada nos proporciona o exercício do novo, da mudança." (Maria Tude - psicóloga)


A seguir um vídeo do Youtube mostrando uma outra atividade para a criação de um desenho coletivo.

Agora junte um um grupo de pessoas e faça um desenho coletivo!


Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.


Todos Podem Desenhar

Esta é a primeira postagem sobre os trabalhos dos meus alunos de Educação Artística

"Tudo que recebemos foi algo que outras pessoas compartilharam, doaram, fizeram circular. (...) O que nós doamos nos confere a alegria de estarmos cooperando, nos sentindo juntos, permutando a todo grupo humano. Quando nos fechamos guardando o que descobrimos, o que nos passam, tudo se perde porque o que está vivo, se não trocar e crescer, tende a empobrecer e morrer. (...)"


Todos podem desenhar

Nas aulas de desenho meus alunos puderam perceber que todos podem desenhar, que todos podem desenvolver a capacidade de observar, que desenho é representar graficamente através de traços a forma, o movimento, a aparência, o tamanho, a posição, o volume, a textura, a luz e a sombra, o claro e o escuro. Nelas fizeram exercícios com linhas em várias direções e com diferentes espessuras a fim de soltarem o traço, observarem a diferença entre elas e conhecer seus nomes.


A seguir desenhos dos meus alunos para através deles comentarem sobre as formas criadas.



Sem título - Josemar, aluno
grafite s/papel
Desenho Livre 

 
"O gesto gráfico é o exercício da sensibilidade." (Edith Derdik)




Sem título - Alexandre, aluno
grafite s/papel
Desenho Livre



Os trabalhos acima foram alguns dos resultados de uma proposta que dei aos alunos que começavam suas aulas de artes visuais comigo, com o objetivo de fazer uma avaliação diagnóstica. Através destes desenhos puderam todos eles perceber que desenhar faz parte da essência humana, que todas as pessoas podem desenhar, já que o essencial desta linguagem são os diversos tipos de linhas, de sombras, de tamanhos, de espaços, etc. Que desenhar é representar graficamente, através de traços. Que o importante ao se olhar um objeto é observar estes elementos e não a figura em si. Eles entenderam, então, que esta é a maneira de ver do artista, é a maneira que toda pessoa criativa vê as coisas ao seu redor, porque não usa somente o lado esquerdo do cérebro, que só analisa o que vê, mas usa também o hemisfério direito deste, que vê de forma sensível, intuitiva, simbólica, que faz uma leitura visual das coisas, que vê artisticamente. Compeenderam, a partir desta proposta, que para desenhar é preciso observar bem, conhecer, exercitar as formas, ou seja, as linhas retas, curvas, círculos, semicírculos, etc.


"A tomada da consciência da forma é fundamental para o processo de desenvolvimento gráfico e do pensamento visual." (Edith Derdyk )


O pensamento construtivista, resultado das pesquisas sobre a psicogênese da lingua escrita, foi desenvolvido por Emília Ferreiro e Teberoky. Trata-se de uma metodologia na qual o professor conhece a quem ensina e o que ensina, por isso não propõe deixar que o aluno aprenda sozinho, abandonado, mas sim que se saiba sobre o conhecimento prévio que ele já possui da linguagem. Desta forma, também, o aluno toma consciência de que já a conhece e possui.

Veja em:
http://3.bp.blogspot.com/_sRFT0YvRqQ/S_rGYVnd6bl/AAAAAAAADsoqUW_tul_kE&E/s1600/espiral+chrome.Rpng




A seguir desenhos de alunos com linhas




Exercído com linhas paralelas





Exercício com linhas circulares



Exercício de Gradação Tonal



Os exercícios acima têm como objetivo fazer com que a mão do aluno fique leve e firme para o desenho, também serve para que perfeiçoe o traçado, e para ele observar a escala de tom com diferentes lápis de grafite, a fim de lhe possibilitar a criação do efeito de volume nos objetos que vier a representar, com a aplicação de sombra e de luz.

A seguir um vídeo do Youtube sobre exercício com linhas horizontais e verticais


Agora faça você também exercícios com linhas.



"O desenho não é a forma, é a maneira de ver a forma." Edgar Degas



Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.

Cartaz

O Cartaz surgiu na Antiguidade


O cartaz é um meio de comunicação visual usado para divulgar acontecimentos.


Ele tem como objetivo atrair a atenção das pessoas, informando-as sobre determinada mensagem de forma rápida, simples e clara, destacando as informações mais importantes e depois as menos relevantes. Sua força de atração se dá através das cores, das formas, das palavras e porque permite espalhar a divulgação devido o grande número de cópias. Além de informar e propagar, ele provoca desejo, ele motiva o receptor.

O cartaz na Antiguidade não tinha imagens. Era colocado em praça pública e lido por mensageiros para os analfabetos saberem sobre os informes. Os mais antigos eram feitos em placas de madeira ilustradas que depois eram impressas em papel. Com o passar dos anos as palavras foram sendo suprimidas e atualmente alguns nem palavras têm.

No século XIX o cartaz foi usado para a publicidade e criado por artistas plásticos. O primeiro pintor que combinou imagem com pequeno texto dando início a ele foi o francês Jules Chéret. Também o pintor Henri Toulouse-Lautrec fez muitos cartazes nesta época.

Veja em:
http://wikipedia.org/wiki/Henri_de_Toulouse-Lautrec



No século XX o cartaz foi importante para o desing, por causa das vanguardas artísticas e da propaganda do governo soviético. Alguns artistas que fizeram cartaz neste período foram Matisse e Picasso. São chamados, neste caso, de Cartaz de Artista ou de Galeria. O cartaz também é muito utilizado para a divulgação de filmes.

No Brasil atores divulgam peças teatrais com cartazes e hoje são divulgados também diversos eventos.


" Cartazes são mensageiros. Cartazes são expressão de cultura. Cartazes deixam marcas. Visíveis e inconfundíveis. Como parte de um processo de comunicação, eles dependem do local e data de publicação. Bons cartazes falam uma linguagem internacional" (Manfred Triesch)

Abaixo um esboço que fiz para um cartaz


Esboço para um cartaz - Leise Paim



A seguir vídeo do Youtube sobre a História do Cartaz




A seguir vídeo do Youtube sobre cartazes de filmes antigos



Agora tente fazer um cartaz.



Nota: O trabalho desta postagem não é recente.



Ilustração


A ilustração tem origem nas primeiras formas pictóricas e a ilustração editorial teve início nas iluminuras da Idade Média.


Veja em:
http://arteonirca.arteblog.com.br/


A imagem de uma ilustração pode ser figurativa ou abstrata visando, geralmente, sintetizar ou decorar um texto em revistas, livros e jornais, facilitando, assim, sua compreensão. Na publicidade e na propaganda ela é feita através de cartazes e posters, tendo frequentemente o papel como suporte. Uma ilustração é uma forma de expressão das artes plásticas mas com uma função específica, a de comunicar ao espectador uma mensagem de forma clara.


Uma ilustração minha na capa do Jornal Correio, número 143, ANO IV, em 2002.

Importantes colaboradores como a escritora Heloneida Studart, o crítico, poeta, ensaísta e artista plástico Vicente de Percia, e o ex-senador, jornalista e escritor Artur da Távola, entre outros intelectuais, tem artigos publicados neste jornal.



O texto a seguir se encontra neste número do Jornal CorreioVeja em:
http://volobuef.tripod.com/page_maerchen_ilustraçoes.volksm.htm
http://www.fotosearch.com.br/ilustraçao/toulouse-lautrec
http://www.renatoalarcão.com.br/:
http://1.bp.blogspot.com/_wpqzsH-vZ7F/TDXmTpA3ocI/AAAAAAAAApU/y_jSpbaKEc/s1600/Blog_CR_illoAnnual.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizYC5khIb2ivPNL-Sw7zhqsdI4HJc7npqPMtJXTanq-aFSmaLZiaRVihue85oSAlMcoDFZNwa6vkbMffX6fuJfoHptn4q3dr3VznOb1DPuyVxL-gRYDFa0_FewtSpd09f-as3ud_keM70f/s1600/Blog_Wired.jpg




A seguir um vídeo do Youtube sobre a exposição "Ilustres Ilustradores"




A seguir um vídeo do Youtube sobre as iluminuras e a arte da Idade Média



Agora tente fazer uma ilustração de algum texto, seja ele de uma história, de uma poesia, de um anúncio ou de uma notícia de jornal, etc.


Nota: O trabalho desta postagem não é recente.


O Grupo Diálogo


Serpa Coutinho fez parte, com Germano Blum, do Grupo Diálogo


O Grupo Diálogo, em 1976, divulgava as artes plásticas, principalmente a arte moderna, para o grande público, nas universidades e no interior do país. Deste grupo também fazia parte Urian Agria de Souza, Antônio Sergio Ribeiro e Benevento.



Achei estes comentários sobre Serpa Coutinho e Germano Blum na web:

"E, já que hoje falamos de grandes seres humanos vamos aqui registrar: quarta-feira, dia 16, ao entardecer, na galeria Rodrigo Andrade, na Funarte Rio, inauguração da exposição ( ) homenagem muito carinhosa que Hermínio Bello de Carvalho e um grupo de amigos e admiradores de Clementina de Jesus ( ) idealizaram. Lembrando seus 15 anos de estrada na nossa música __ sua estréia em ( ) ( teatro Jovem, março/65) _ artistas plásticos como Glauco Rodrigues, Lobianco, Germano Blum, Cildo Meireles, Ana Letícia, Urian, Mello Menezes, Serpa Coutinho, Dorival Caymi, Ziraldo, Henfil, Navarro, entre ouros, fizeram trabalhos inspirados em Clementina que serão adquiridos pelo BANERJ. A renda permitirá a compra de um apartamento para Clementina ter tranquilidade no outono de sua vida. E na sala Funarte, de 16 a 26 de julho, Clementina faz uma temporada, direção de Érico de Freitas. Um poster de Elifas Andreato previlegiará os frequentadores do show, que receberão o trabalho gráfico de edição limitda, junto com o ingresso."



"O artista plástico Serpa Coutinho e o designer gráfico José Bessa, aprovaram 15 finalistas de 5 categorias, cujas idades variam de 5 a 14 anos. Na última etapa, os vencedores foram escolhidos pelos próprios fncionários, por meio de uma votação pela intranet na empresa."


"O Grupo Diálogo é um dos poucos casos de pintores que buscaram as raízes populares, influenciado por artistas de gerações anteriores, como: Portinari, Di Cavalcanti, Djanira e Pancetti, todos como inventores de uma forma brasileira de pintar. O grupo Diálogo nasceu em 1966 na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, buscando "o universal no brasileiro e dialogar com o grande público." Era composto por Germano Blum, Serpa Coutinho, Sergio Benevento, Sérgio Ribeiro e Urian Agria, o teórico e mais politizado do grupo. Segundo Frederico Morais, os membros do Diálogo "acham que ouvindo o povo podem enriquecer seu trabalho com novas informações e ao mesmo tempo convencer a gente humilde do interior, os trabalhadores do campo sobre a importância fundamental da arte." (Marcelo Ridenti)

Veja em:
http://books.google.com.br/book?isnb=8501058513...


Nota: Se alguém quizer dar mais alguma informação sobre o artista deixe em "Comentário".

Cursos - com Serpa Coutinho

Com o artista Serpa Coutinho fiz os cursos de aquarela , cartaz e ilustração.


Serpa Coutinho, professor no SENAC e na PUC do Rio de Janeiro, é um artista que gosta de trabalhar com papel. Suas aulas eram muito dinâmicas e ele era sempre muito simpático e alegre. Conversava muito com os alunos, falava sobre arte, o material artístico e os estilos de arte, principalmente sobre a Pop Art, que surgiu nos anos 50 e tem como tema símbolos e objetos descartáveis e comuns da sociedade de consumo criados com a tecnologia industrial, artistas famosos, cenas de tv, de histórias em quadrinhos, de ilustrações, feitos com novos materiais e misturando fotografia, pintura, colagem e repetições de imagens.


Possuo um desenho que ele fez para mim durante uma das aulas.

Sem título - Serpa Coutinho
grafite s/papel - 35 x 27cm
Desenho de Criação 


Emoldurei-o com vidro, e coloquei numa parede da minha residência.




As Primeiras Mudanças na Arte


Após o Período Paleotítico Superior surgem as primeiras mudanças na arte.


"Há tantas modernidades como épocas históricas." (Octavio Paz)


No Período Neolítico ou da Pedra Polida o homem primitivo passa polir a pedra através do atrito entre elas, aperfeiçoa os seus instrumentos, faz utensílios decoradospara guardar grãos, pois já se fixa ao seu habitat e a sua pintura passa a a ter outra função e outro estilo. O homem desta época torna-se agricultor, criador e anímico, ou seja, muda de religião não acreditando mais na magia mas na alma. Por isso passa a simplificar, a geometrizar, estilizar, esquematizar as formas, elas não são mais figuras realistas, só sensações, mas também decorativas, tradução de sentimentos e idéias, com tendência à abstração e ao simbólico.


Veja em:
http://galeriadearte.vilabol.uol.com.br/HistoriadaArte/01/Sala01.htm


A seguir um vídeo do Youtube sobre a arte Pré-Histórica em vários países

Os Primeiros Artistas

Arte Rupestre


Devemos ver um trabalho de arte observando o seu tema, a sua função, a cultura que ela representa, ou seja, a época e o lugar onde foi feita, se pretende ou não retratar a realidade (verossimilhança) e analisando a sua construção (a sua estrutura, a sua composição) , isto é, como as formas ocupam o espaço plástico (a tela, o papel, a madeira ou outro suporte).


No Período Paleolítico ou da Pedra Lascada surgem os primeiros artistas. A pintura e os objetos que faziam tinha uma função utilitária, mágica (religiosa), para possibilitar a captura do animal representado nas paredes das cavernas e que servia de alimento naquela época, portanto era uma pintura figurativa realista, ou seja, baseada nos sentidos, na visão, no mundo exterior. Era de técnica simples, com poucos traços e cores, mas com movimento e muito expressiva. A cultura deste período era nômade, pois o homem era caçador e pescador, e a sua pintura revela isto. Este homem primitivo aprendeu a usar o fogo para se proteger dos animais e lascando a pedra foi possível fazer instrumentos para caçar, lutar e entalhar nas paredes e pedras. Nas cavernas pintava ursos, veados, bisões, usando como material a terra, o carvão, sangue, gordura dos animais, gravetos e os próprios dedos. Também criavam figuras femininas volumosas revelando a importância da fertilidade para ele. As obras destes primeiros artistas foram encontradas na Europa e também no Brasil.

Veja em:
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_caverna_onde_a_arte_nasceu_imprimir.html



"(...) a meta maior foi e sempre será a arte. Foi daí que veio tudo e para lá deve voltar." Domingos de Oliveira



A seguir um vídeo do Youtube sobre a arte da Pré-História do Brasil






A seguir um vídeo do Youtube sobre a arte Pré-Histórica na França


Fruição de Obras de Arte


Como devemos observar uma obra de arte?

Podemos desenvolver o nosso olhar e também a nossa imaginação e criatividade observando coisas ao nosso redor, experimentando materiais próprios da arte e outros, visitando museus e galerias, vendo obras de diferentes épocas e povos, lendo história da arte e crítica de arte. Todas estas atividades nos ajudam a criar e a fruir obras de arte, porque a nossa visão em relação à experiência estética se amplia.



"Encontrar palavras para descrever e analisar obras de arte fornece com frequência o único caminho que nos poderá ajudar a progredir de um mero olhar passivo para um ver ativo e discernidor." (Susan Woordford)





Leitura do texto visual

Leitura formal
Observando obras de arte podemos perceber o seu aspecto formal e fazer uma leitura formal delas, ou seja dos elementos da sua linguagem, que são os seus elementos expressivos: a linha, o volume, a cor, os contrastes, etc.

Leitura interpretativa
Podemos fazer também uma leitura interpretativa, ou seja, lendo o que se vê, fazendo uma interpretação da obra à sua meneira, ou seja,de acordo com a sua visão de vida.




Portanto, nas obras artísticas da humanidade podemos observar e ler o texto visual, ou seja, o tema, o contexto histórico (função, crenças, situação política, econômica e social da época e do lugar, do meio em que o artista vive), as formas, os significados, relacionando tudo da composição.



Neste vídeo do Youtube pode-se perceber que a Arte, durante os séculos, teve várias funções.


Agora, procure ver imagens de obras de arte e analisá-las: cor, forma, época, etc.

Observação do real




"Ver arte também é uma forma de arte." (Gombrich)


Segundo Gombrich, apesar de sabermos que gosto não se discute, pode-se adquirir mais sensibilidade com estudo e exercitando o olhar.



Devemos, portanto, estarmos atentos a tudo à nossa volta, à nossa realidade.


"A realidade é a experiência visual básica predominante."

Abaixo dois desenhos meus


"Objetos de Pintura I " - grafite s/ papel - Leíse Paim
Desenho de Observação

"Objetos de Pintura II " - caneta hidrográfica s/ papel - Leíse Paim
Desenho de Observação


Percebe-se nos desenhos acima que o tema é o mesmo e o objeto observado para ser representado também é o mesmo, no entanto foram feitos com materiais, cores, técnicas e procedimentos diferentes.
Tanto nos trabalhos aqui apresentados quanto nos das postagens anteriores pode-se notar que foram aplicadas relações de tamanho, quantidade e posição dentro de um espaço plástico escolhido, o papel, explorando efeitos de profundidade e volume, partindo da observação do real e utilizando as características próprias dos materiais convencionais: lápis, caneta esferográfica, caneta, hidrográfica, carvão, giz e papel, conseguindo assim diferentes resultados.


Através destes trabalhos se percebe que há várias maneiras de se observar um trabalho artístico visual, além do tema, ou seja, pode-se ver também através dos elementos visuais (formas, cores, etc.), dos materiais usados, das técnicas utilizadas, da estrutura da obra, da finalidade dela, dos suporte e dos procedimentos utilizados, do estilo, dos conceitos.

A seguir um vídeo do Youtube sobre como se deve ver trabalhos artísticos.

 

Agora ficou mais fácil se olhar uma obra artística.

Veja outras, com um novo olhar.



Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.

Técnicas de Justaposição e Singularidade

Justaposição e Singularidade, são técnicas opostas.


Na Justaposição há vários estímulos visuais comparando as relações entre eles: forma, linhas, qualidade das superfícies, dimensões, etc.

A Justaposição __ além da perspectiva, da escala, da dimensão, da proporção, do contraste, da textura, da forma, da cor, do tom __ também contribui para a ilusão de realidade.


"No processo de ver, dependemos da observação da justaposição interatuante das gradações de tom para ver os objetos (...) a presença ou ausência da cor não afeta os valores tonais, que são constantes e têm uma importância infinitamente maior que a cor, tanto para um quanto para conceber e realizar."




"Objeto para Legumes" - Leíse Paim
carvão s/papel
Desenho de Observação


Este tema __ Natureza Morta __ pode representar qualquer objeto, esteja ele justaposto ou não. Oberva-se, no caso acima, que os legumes estão justapostos.

Neste trabalho, há objetos com diferentes texturas, que no mundo real têm qualidades táteis, e na linguagem do desenho suas qualidades são óticas. A justaposição dos objetos revela a escala deles, e que a mensagem visual é representacional. Na Representação o que predomina é a realidade, as coisas que vemos. Pode-se notar, também, o contraste de formas, de texturas, de linhas, de direções, etc.


"A natureza-morta também pode constituir em reluzentes vasilhas de estanho, copos de rutilância transparência, tapetes ricamente tecidos e abertos sobre uma mesa, livros, jarras, cachimbos, tinteiro de um escritor ou uma paleta e os pincéis de um pintor. Toda sorte de objetos inanimados constitui tema adequado para naturezas-mortas, pois a habilidade do artista faz-nos subtamente cônscios das propriedades estéticas de coisas comuns e vulgares. Este fato recebeu surpreendente e renovada importância em termos de atualidade, por volta de 1960, quando Andy Warhol nos fez olhar para nossas despensas com um novo sentido estético de ordem depois que pintou (...) latas de sopa Campbel. " (Susan Woodford)

Veja também:
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=latas+de+sopa+campbell&um=1&ie=UTF-8&ei=c-1LSuWSA4-XtgektOWjDQ&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4



"O interesse de Cézanne em descobrir as formas geométricas subjacentes à aparência das coisas suscetíveis de conferir ordem a arranjos pintados fez dele um soberbo pintor de naturezas-mortas (...) Uma fruteira, um copo e um pano enrodilhado sobre uma mesa, esses simples elementos apresentaram-lhe um desafio de composição: como dar uma ordem visual firme a um arranjo de objetos aparentemente casual." (Susan Woodford)

Veja também:
http://www.casthalia.com.br/a_mansao/obras/cezanne_macas.htm


Quando um só tema é representado, trata-se de Singularidade, que é o oposto da Justaposição.




"Objeto Decorativo" - Leíse Paim
carvão s/ papel
Desenho de Observação



Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.


Técnicas de Transparência e Opacidade

É preciso saber que os artistas fazem uso também de técnicas para se expressarem. 

Veremos algumas delas:

TRANSPARÊNCIA E OPACIDADE

As técnicas de transparência e opacidade são opostas.


Transparência

Há determinados objetos e materiais que podem refletir mais luz do que outros devido a sua tranparência, ou seja, à sua característica de mostrar formas através deles, como por exemplo o vidro. Observa-se no palito dentro do vidro, no trabalho a seguir, o efeito "curva" chamado de refração.



"Objetos de Atelier" - Leíse Paim
carvão e giz s/ papel
Desenho de Observação



Opacidade
Há materiais que refletem menos luz que o vidro devido à sua opacidade, pois é sua característica não permitir que formas sejam vistas através dele, como por exemplo o barro, por onde a luz não atravessa, causando sombra.




 
"Objetos de Cozinha" - Leíse Paim
carvão s/ papel
Desenho de Observação


Veja em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Opacidade




Observa-se na composição acima que, estando os objetos bem relacionados entre si, o olhar do observador é levado para dentro do trabalho. As formas variadas, sobrepostas, em diferentes planos e cobrindo a linha que representa a mesa (que é chamada de Linha do Horizonte, abreviadamente LH) proporcionam espaços interessantes.



A seguir, um vídeo do Youtube sobre Desenho de Obsevação, onde se observa as técnicas de transparência e opacidade.

Agora faça um desenho onde você possa empregar as técnicas de transparência e opacidade.


Veja em:


O carvão, um dos materiais com que foi feito o trabalho acima, não adere à superfície do papel e, assim, permite que seja apagado com facilidade, que se faça manchas, que se possa esfumá=lo nas áreas de sombras e que se dê iluminação com limpa tipos ou miolo de pão. Deve-se usar verniz, em forma de spray, depois do trabalho pronto.   
  


Nota:  Os trabalhos desta postagem não são recentes.



Ilusão de Realidade / O Tom

TOM

Para criar a ilusão de realidade, além da linha, é preciso acrescentar o elemento visual tom, o claro e escuro, a luz e a sombra.

" Sombras e Luzes são métodos mais eficazes pelos quais a forma de qualquer corpo pode vir a ser conhecida, porque um corpo homogêneo em luz ou escuridão não mostrará nenhum relevo e dará o efeito de uma superfície plana." Leonardo da Vinci


São as mudanças de tom que dão aparência tridimensional aos objetos. Não existe sombra sem luz. Quando a luz é fraca a sombra é menos evidente e quando há mais luzes as sombras são complexas.

Os tons dos objetos devem ser feitos em etapas sucesivas. Deve-se deixar em branco as áreas onde a luz bate mais forte, depois acrescentar o tom mais claro com pouca pressão, aos poucos, com cuidado, coloca-se os tons mais escuros e vai se fazendo a transição de tons, para dar a sensação de volume à figura. As sombras mais fortes devem ser feitas com mais pressão.



As representações abaixo são monocromáticas, ou seja, não há cores diferentes, mas diferença de tons, gradações de tons.

  

"Objetos de Bar" - Leíse Paim
Giz e Carvão s/ papel
Desenho de Observação


O tom nos objetos, através da luz, e as sombras projetadas dão a impressão de realidade.

"Objetos de Quarto - Leíse Paim
Giz e Carvão s/ papel
Desenho de Observação

"Vivemos graças à presença ou à ausência relativa da luz." Donis A. Dondis

SOMBRAS PRÓPRIAS
Observamos que nos desenhos acima a luz que incide sobre os objetos provocam sombras sobre eles, as chamadas sombras próprias. Elas permitem que os objetos adquiram volume. Próximo à sombra projetada o tom do objeto fica mais claro.




SOMBRAS PROJETADAS
Observamos também que nos desenhos acima a luz que incide sobre os objetos provocam sombras em superfícies que não fazem parte deles, ou seja, na parede e na mesa, são as chamadas sombras projetadas. O tom mais escuro delas fica junto do objeto, e ao se distanciarem dele elas vão ficando mais claras. Quando a sombra projetada se torna muito grande ela se destaca demais, por isso deve-se colocar outro objeto à frente dela. As sombras projetadas são de grande importância devido a possibiliade de darem mais movimento à relação entre os objetos (as formas positivas) e o espaço à sua volta (as formas negativas).

CONTRASTE
A luz é o nível básico da visão, a sombra é a falta de luz. A sombra mostra a relação entre os objetos e o seu local em relação à luz. Quanto mais alta estiver a fonte de luz, mais curta é a sombra e quanto mais baixa estiver a fonte de luz maior é a sombra. Para haver contraste, outro elemento visual importante na composição, é preciso que haja luz. O contraste começa com ela.
A Justaposição dos elementos cria contraste, que evita monotonia, atrai a atenção e expressa idéias.
A luz e a sombra são elementos visuais que podem ser o centro de interesse do desenho ou da pintura, como por exemplo em "Almoço na Relva" de Edouard Manet. Segundo ele a luz é o personagem mais importante na obra.



Veja em:
http://cgfa.sunsute.dk/manet/p-manet20.htm
http://2.bp.blogspot.com/_ywSvQZuuiEW/SU0QWDsWtKI/AAAAAAAAGoM/FKIdvY23rKk/s400/manet2048.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_QWeRiRMMseE/S3RyXR-zEHI/AAAAAAAABPE/EgIG91-WV8/s1600-h/I+-+3+nao+queria+ser.jpg
http://3.bp.blogspot.com/+kDI7AY5ZZfw/TA10jCgfmtI/AAAAAAAADSQ/TOM5-gBIIye/'600/VilaVi%C3%A7osa4PB.jpg



Para se conseguir vários tons com o carvão, esfumaça-se com os dedos. Acrescenta-se giz branco sem misturar os dois materiais, para representar a luz. Depois do desenho pronto, é preciso vaporizá-lo com um fixador próprio. Pode ser utilizado sobre papel colorido, pardo e de diferentes expessuras.

"A única maneira de um artista produzir seu estilo é produzindo. As primeiras obras de arte produzidas por qualquer artista ainda não são espiritualidade que descobriu e definiu um modo de formar, mas sim espiritualidade que se utiliza de um estilo ou modo de formar já existente. O processo pelo qual um artista define seu estilo é longo e requer muito trabalho." (Gilberto André Borges)

Percebemos, então, através das informações aqui dadas, que o processo de criação de trabalhos visuais passa por etapas de exercícios, conhecimentos específicos, domínio de materiais, de técnicas, dos elementos da linguagem visual, de leituras, de vivências e de produção.

Veja em:
http://www.defatima.com.br/saladeaula/desenho1.pdf


A seguir um vídeo do Youtube sobre Desenho de Observação

Agora experimente desenhar acrescentando sombras próprias e projetadas.



"O mundo em que vivemos é dimensional, e tom é um dos melhores instrumentos de que dispõe o visualizador para indicar e expressar essa dimensão." Donis A.Dondis



Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.



Perspectiva - com Hélio Costa de Castro

A expressão arquitetônica.

A linha é o elemento essencial
tanto nos esboços __ que podem ser livres __ quanto nas etapas mais detalhadas, nas plantas baixas, perspectiva da construção e nas representações tridimensionais.

No desenho à baixo, a esquerda, observa-se só as linhas de perspectiva e no desenho a direita observa-se também o jogo de luz e sombra, o que reforça a ilusão de realidade.


"A Sala de Aula" - Leíse Paim
lápis de grfite s/ papel
Desenho de Observação




Na arquitetura o elemento visual que predomina é a dimensão, observada através da linha da perspectiva.

"A representação da dimensão em formatos visuais bidimensionais também dependem da visão, ela é implicita. A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a convenção técnica da perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, através do claro-escuro, a dramática enfatização de luz e sombra. A perspectiva (...) recorre à linha para criar efeitos, mas sua intenção final é produzir uma sensação de realidade."

Veja em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perspectiva_(gr%C3%A1fica)


Nas aulas com o professor Hélo Costa de Castro, no curso Projeto de Interiores, aprendi muito sobre planta baixa, perspectiva e pintar com tinta ecoline.




Projeto de Leíse Paim
Planta baixa de uma casa com jardim
ecoline s/ papel




Projeto de Leíse Paim
Sala de estar
ecoline s/ papel


As aulas com o professor Hélio eram bem interessantes. Muitos estudantes das faculdades de arquitetura do Rio de Janeiro também participavam. Ficavam encantados com a técnica de perspectiva que aprendiam na aula, cujo resultado eram imagens bem maiores das que conseguiam fazer na faculdade, segundo eles. Prof. Hélio explicava detalhadamente para que ninguém tivesse dúvidas do processo, pois o objetivo do curso era dar condições ao aluno de se tornar um profissional na área de desing de interior, residêncial e comercial, arquitetura e decoração.


No final do curso, o professor Hélio deixou-me muito feliz e surpresa ao sair de sua mesa e vir me cumprimentar com um aperto de mão pelo meu desempenho nos trabalhos. Mas com certeza isto se deu em consequência do seu ótimo desempenho como professor.

A seguir um vídeo do Youtube sobre Perspectiva numa obra de arte do período do Renascimento


A seguir um vídeo do Youtube mostrando o processo do desenho de perspectiva





Agora, aproveite, é só pegar papel e lápis e começar a desenhar em perspectiva um espaço arquitetônico.



Nota:  Os trabalhos desta postagem não são recentes.