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A Escola e a Família

O futuro de todas as gerações depende dos pais e da escola.

A família transmite educação de geração em geração.
A escola transmite conhecimento e a forma do indivíduo se comportar em sociedade, além de prepará-lo para a vida, num mundo em constantes mudanças.


Breve história da educação no mundo

O homem primitivo não tinha escola, ensinava as novas gerações sobre o que observava no universo e sobre o que aprendeu com seus antepassados contando histórias, cantando, e através dos rituais.
Rituais do homem primitivo

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A escola e outras instituições apareceram com o surgimento da escrita, em 3.500 a.C., quando, então, um estudo mais específico foi necessário para que se transmitisse pensamentos abstratos. Antes a educação era dada pela família.

Família

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Escola
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No Egito, para que se aprendesse a linguagem escrita, com 2000 pictogramas, foi necessário que desde cedo os indivíduos, mas só meninos, fossem diariamente à escola, o que ficou constatado nos tabletes de barro sumerianos. As meninas, no entanto, eram educadas em casa. Com estudo, os homens tornavam-se professores, funcionários públicos, topógrafos, arquivistas, conselheiros dos monarcas ou escribas __ os que guardavam documentos e escreviam, sendo remunerados pelo serviço que prestavam. A partir dos dezoitos anos, os rapazes aprendiam hieroglifos, matemática e geometria, fazendo cálculos que pudessem empregar na vida prática, de modo que a sua cultura, fosse preservada e não alterada, por isso não havia o interesse por originalidade e inovações.

Escriba

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Na Grécia o objetivo da escola era que os indivíduos desenvolvessem o conhecimento da política, das artes e do
teatro, através dos filósofos em escolas privadas com supevisão do escravo, chamado de pedagogo. Aos 21 anos estudavam matemática, astronomia, filosofia, enquanto a arte da oratória desde cedo fazia parte do currículo, porque os gregos admiravam aqueles que dominavam a palavra.

Filósofos gregos 
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Em Roma, as crianças aprendiam com os pais, mas quando os romanos conquistaram a Grécia, no séc. XII a.C., copiaram quase totalmente o sistema educacional grego, inclusive para fruirem a poesia e a filosofia do país conquistado estudavam a lingua grega. O conhecimento que adquiriram colocaram em vários volumes de uma enciclopédia.

Escrita grega

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Na Idade Média, por séculos a cultura ficou restrita aos mosteiros, à Igreja.

Com Carlos Magno é que a educação se desenvolveu, porque ele queria unificar a Europa. E para isso, precisava de funcionários que soubessem redigir e ler documentos de um governo feito à distância. Resolveu, então, criar uma lei que obrigasse o estudo, que deveria ser feito nos mosteiros.



Carlos Magno


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"É imperioso para nós que os mosteiros, o governo com que Cristo generosamente nos legou, não se satisfaçam com uma vida piedosa, mas igualmente se dediquem à tarefa de ensinar. Sem dúvida, é melhor agir bem do que saber muito, mas não é possível agir bem sem saber coisa alguma."
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O ensino num mosteiro

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No séc. XIII, surgiram as universidades, como a de Oxford, na Inglaterra __ foto abaixo__, para que as informações da Antiguidade, escritos de Aristóteles e da medicina, não fossem esquecidas.


Aristóteles, filósofo grego

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No séc. XIV, os protestantes alemães traduziram a Bíblia do latim para outras linguas a fim de que fosse lida pelo povo, o que provocou o aumento da alfabetização, inclusive para as meninas alegando que elas também também têm alma.

Bíblia alemã

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Com a Contra Reforma, no século XVI, os Jesuítas, católicos, fundaram 500 colégios com ensino do sistema educacional grego, que chegou ao séc XX em todo o mundo, aceitando meninos pobres, que com isso ascenderam-se socialmente.


O Iluminismo, no século XVIII, priorizando a razão para que as pessoas entendessem o mundo, levou-as a entenderem a educação como um direito. Então, em 1717, na Prússia, a educação pública obrigatória foi adotada.
Descartes e estudiosos do Iluminismo

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Na Revolução Francesa, séc. XVIII / XIX, Jean Jacques Rousseau questionou os métodos educacionais, o que levou ao sistemema educacional moderno, no qual o indivíduo deve ser levado a pensar e a ter instrução cívica. O Estado, então, passou a controlar as escolas e outras instituições, mesmo contrariando os conservadores que queriam escolas religiosas, com conformismo e orações.


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A Revolução Industrial levou a um aumento da educação européia.

Nesta época as crianças trabalhavam

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Hoje, segundo pesquisas, e conforme constatamos muitas vezes nós mesmos, nem todas as crianças vão a escola, porque muitas pessoas e famílias não se interessam por ela, já que muitas vezes não há exemplo algum de alguém bem sucedido em seu meio devido estudo, ao contrário do que acontece com as famílias de bom poder aquisitivo. Ainda segundo elas, nos países pobres ou em desenvolvimento as condicões não favorecem as atividades escolares, porque não há investimento nem verba para a educação. E muitas escolas só valorizam a memorização, a repetição de palavras e um conteúdo teórico inútil para o aluno e a sociedade local, sem a possibilidade de poder empregá-lo na sua vida prática, pois não o ajuda a pensar, a ser criativo, a buscar soluções para as suas necessidades e as da comunidade na qual vive.

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Para a pesquisadora Thaís Cardinale Branco, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) a violência é um atrativo para os jovens que vivem em condições sem perspectiva diante da pobreza do meio em que vivem, pois escolhem as atividades ilegais para adquirirem respeito e admiração.
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"Esses jovens se inspiram no modelo que já têm, já que muitas vezes não têm referência mais forte de pais ou mães (...). A questão econômica não é determinante (...)." sociólogo Marcus Vinicius Gonçalves da Cruz

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