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Técnicas de Justaposição e Singularidade

Justaposição e Singularidade, são técnicas opostas.


Na Justaposição há vários estímulos visuais comparando as relações entre eles: forma, linhas, qualidade das superfícies, dimensões, etc.

A Justaposição __ além da perspectiva, da escala, da dimensão, da proporção, do contraste, da textura, da forma, da cor, do tom __ também contribui para a ilusão de realidade.


"No processo de ver, dependemos da observação da justaposição interatuante das gradações de tom para ver os objetos (...) a presença ou ausência da cor não afeta os valores tonais, que são constantes e têm uma importância infinitamente maior que a cor, tanto para um quanto para conceber e realizar."




"Objeto para Legumes" - Leíse Paim
carvão s/papel
Desenho de Observação


Este tema __ Natureza Morta __ pode representar qualquer objeto, esteja ele justaposto ou não. Oberva-se, no caso acima, que os legumes estão justapostos.

Neste trabalho, há objetos com diferentes texturas, que no mundo real têm qualidades táteis, e na linguagem do desenho suas qualidades são óticas. A justaposição dos objetos revela a escala deles, e que a mensagem visual é representacional. Na Representação o que predomina é a realidade, as coisas que vemos. Pode-se notar, também, o contraste de formas, de texturas, de linhas, de direções, etc.


"A natureza-morta também pode constituir em reluzentes vasilhas de estanho, copos de rutilância transparência, tapetes ricamente tecidos e abertos sobre uma mesa, livros, jarras, cachimbos, tinteiro de um escritor ou uma paleta e os pincéis de um pintor. Toda sorte de objetos inanimados constitui tema adequado para naturezas-mortas, pois a habilidade do artista faz-nos subtamente cônscios das propriedades estéticas de coisas comuns e vulgares. Este fato recebeu surpreendente e renovada importância em termos de atualidade, por volta de 1960, quando Andy Warhol nos fez olhar para nossas despensas com um novo sentido estético de ordem depois que pintou (...) latas de sopa Campbel. " (Susan Woodford)

Veja também:
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=latas+de+sopa+campbell&um=1&ie=UTF-8&ei=c-1LSuWSA4-XtgektOWjDQ&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4



"O interesse de Cézanne em descobrir as formas geométricas subjacentes à aparência das coisas suscetíveis de conferir ordem a arranjos pintados fez dele um soberbo pintor de naturezas-mortas (...) Uma fruteira, um copo e um pano enrodilhado sobre uma mesa, esses simples elementos apresentaram-lhe um desafio de composição: como dar uma ordem visual firme a um arranjo de objetos aparentemente casual." (Susan Woodford)

Veja também:
http://www.casthalia.com.br/a_mansao/obras/cezanne_macas.htm


Quando um só tema é representado, trata-se de Singularidade, que é o oposto da Justaposição.




"Objeto Decorativo" - Leíse Paim
carvão s/ papel
Desenho de Observação



Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.


Técnicas de Transparência e Opacidade

É preciso saber que os artistas fazem uso também de técnicas para se expressarem. 

Veremos algumas delas:

TRANSPARÊNCIA E OPACIDADE

As técnicas de transparência e opacidade são opostas.


Transparência

Há determinados objetos e materiais que podem refletir mais luz do que outros devido a sua tranparência, ou seja, à sua característica de mostrar formas através deles, como por exemplo o vidro. Observa-se no palito dentro do vidro, no trabalho a seguir, o efeito "curva" chamado de refração.



"Objetos de Atelier" - Leíse Paim
carvão e giz s/ papel
Desenho de Observação



Opacidade
Há materiais que refletem menos luz que o vidro devido à sua opacidade, pois é sua característica não permitir que formas sejam vistas através dele, como por exemplo o barro, por onde a luz não atravessa, causando sombra.




 
"Objetos de Cozinha" - Leíse Paim
carvão s/ papel
Desenho de Observação


Veja em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Opacidade




Observa-se na composição acima que, estando os objetos bem relacionados entre si, o olhar do observador é levado para dentro do trabalho. As formas variadas, sobrepostas, em diferentes planos e cobrindo a linha que representa a mesa (que é chamada de Linha do Horizonte, abreviadamente LH) proporcionam espaços interessantes.



A seguir, um vídeo do Youtube sobre Desenho de Obsevação, onde se observa as técnicas de transparência e opacidade.

Agora faça um desenho onde você possa empregar as técnicas de transparência e opacidade.


Veja em:


O carvão, um dos materiais com que foi feito o trabalho acima, não adere à superfície do papel e, assim, permite que seja apagado com facilidade, que se faça manchas, que se possa esfumá=lo nas áreas de sombras e que se dê iluminação com limpa tipos ou miolo de pão. Deve-se usar verniz, em forma de spray, depois do trabalho pronto.   
  


Nota:  Os trabalhos desta postagem não são recentes.



Ilusão de Realidade / O Tom

TOM

Para criar a ilusão de realidade, além da linha, é preciso acrescentar o elemento visual tom, o claro e escuro, a luz e a sombra.

" Sombras e Luzes são métodos mais eficazes pelos quais a forma de qualquer corpo pode vir a ser conhecida, porque um corpo homogêneo em luz ou escuridão não mostrará nenhum relevo e dará o efeito de uma superfície plana." Leonardo da Vinci


São as mudanças de tom que dão aparência tridimensional aos objetos. Não existe sombra sem luz. Quando a luz é fraca a sombra é menos evidente e quando há mais luzes as sombras são complexas.

Os tons dos objetos devem ser feitos em etapas sucesivas. Deve-se deixar em branco as áreas onde a luz bate mais forte, depois acrescentar o tom mais claro com pouca pressão, aos poucos, com cuidado, coloca-se os tons mais escuros e vai se fazendo a transição de tons, para dar a sensação de volume à figura. As sombras mais fortes devem ser feitas com mais pressão.



As representações abaixo são monocromáticas, ou seja, não há cores diferentes, mas diferença de tons, gradações de tons.

  

"Objetos de Bar" - Leíse Paim
Giz e Carvão s/ papel
Desenho de Observação


O tom nos objetos, através da luz, e as sombras projetadas dão a impressão de realidade.

"Objetos de Quarto - Leíse Paim
Giz e Carvão s/ papel
Desenho de Observação

"Vivemos graças à presença ou à ausência relativa da luz." Donis A. Dondis

SOMBRAS PRÓPRIAS
Observamos que nos desenhos acima a luz que incide sobre os objetos provocam sombras sobre eles, as chamadas sombras próprias. Elas permitem que os objetos adquiram volume. Próximo à sombra projetada o tom do objeto fica mais claro.




SOMBRAS PROJETADAS
Observamos também que nos desenhos acima a luz que incide sobre os objetos provocam sombras em superfícies que não fazem parte deles, ou seja, na parede e na mesa, são as chamadas sombras projetadas. O tom mais escuro delas fica junto do objeto, e ao se distanciarem dele elas vão ficando mais claras. Quando a sombra projetada se torna muito grande ela se destaca demais, por isso deve-se colocar outro objeto à frente dela. As sombras projetadas são de grande importância devido a possibiliade de darem mais movimento à relação entre os objetos (as formas positivas) e o espaço à sua volta (as formas negativas).

CONTRASTE
A luz é o nível básico da visão, a sombra é a falta de luz. A sombra mostra a relação entre os objetos e o seu local em relação à luz. Quanto mais alta estiver a fonte de luz, mais curta é a sombra e quanto mais baixa estiver a fonte de luz maior é a sombra. Para haver contraste, outro elemento visual importante na composição, é preciso que haja luz. O contraste começa com ela.
A Justaposição dos elementos cria contraste, que evita monotonia, atrai a atenção e expressa idéias.
A luz e a sombra são elementos visuais que podem ser o centro de interesse do desenho ou da pintura, como por exemplo em "Almoço na Relva" de Edouard Manet. Segundo ele a luz é o personagem mais importante na obra.



Veja em:
http://cgfa.sunsute.dk/manet/p-manet20.htm
http://2.bp.blogspot.com/_ywSvQZuuiEW/SU0QWDsWtKI/AAAAAAAAGoM/FKIdvY23rKk/s400/manet2048.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_QWeRiRMMseE/S3RyXR-zEHI/AAAAAAAABPE/EgIG91-WV8/s1600-h/I+-+3+nao+queria+ser.jpg
http://3.bp.blogspot.com/+kDI7AY5ZZfw/TA10jCgfmtI/AAAAAAAADSQ/TOM5-gBIIye/'600/VilaVi%C3%A7osa4PB.jpg



Para se conseguir vários tons com o carvão, esfumaça-se com os dedos. Acrescenta-se giz branco sem misturar os dois materiais, para representar a luz. Depois do desenho pronto, é preciso vaporizá-lo com um fixador próprio. Pode ser utilizado sobre papel colorido, pardo e de diferentes expessuras.

"A única maneira de um artista produzir seu estilo é produzindo. As primeiras obras de arte produzidas por qualquer artista ainda não são espiritualidade que descobriu e definiu um modo de formar, mas sim espiritualidade que se utiliza de um estilo ou modo de formar já existente. O processo pelo qual um artista define seu estilo é longo e requer muito trabalho." (Gilberto André Borges)

Percebemos, então, através das informações aqui dadas, que o processo de criação de trabalhos visuais passa por etapas de exercícios, conhecimentos específicos, domínio de materiais, de técnicas, dos elementos da linguagem visual, de leituras, de vivências e de produção.

Veja em:
http://www.defatima.com.br/saladeaula/desenho1.pdf


A seguir um vídeo do Youtube sobre Desenho de Observação

Agora experimente desenhar acrescentando sombras próprias e projetadas.



"O mundo em que vivemos é dimensional, e tom é um dos melhores instrumentos de que dispõe o visualizador para indicar e expressar essa dimensão." Donis A.Dondis



Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.



Perspectiva - com Hélio Costa de Castro

A expressão arquitetônica.

A linha é o elemento essencial
tanto nos esboços __ que podem ser livres __ quanto nas etapas mais detalhadas, nas plantas baixas, perspectiva da construção e nas representações tridimensionais.

No desenho à baixo, a esquerda, observa-se só as linhas de perspectiva e no desenho a direita observa-se também o jogo de luz e sombra, o que reforça a ilusão de realidade.


"A Sala de Aula" - Leíse Paim
lápis de grfite s/ papel
Desenho de Observação




Na arquitetura o elemento visual que predomina é a dimensão, observada através da linha da perspectiva.

"A representação da dimensão em formatos visuais bidimensionais também dependem da visão, ela é implicita. A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a convenção técnica da perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, através do claro-escuro, a dramática enfatização de luz e sombra. A perspectiva (...) recorre à linha para criar efeitos, mas sua intenção final é produzir uma sensação de realidade."

Veja em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perspectiva_(gr%C3%A1fica)


Nas aulas com o professor Hélo Costa de Castro, no curso Projeto de Interiores, aprendi muito sobre planta baixa, perspectiva e pintar com tinta ecoline.




Projeto de Leíse Paim
Planta baixa de uma casa com jardim
ecoline s/ papel




Projeto de Leíse Paim
Sala de estar
ecoline s/ papel


As aulas com o professor Hélio eram bem interessantes. Muitos estudantes das faculdades de arquitetura do Rio de Janeiro também participavam. Ficavam encantados com a técnica de perspectiva que aprendiam na aula, cujo resultado eram imagens bem maiores das que conseguiam fazer na faculdade, segundo eles. Prof. Hélio explicava detalhadamente para que ninguém tivesse dúvidas do processo, pois o objetivo do curso era dar condições ao aluno de se tornar um profissional na área de desing de interior, residêncial e comercial, arquitetura e decoração.


No final do curso, o professor Hélio deixou-me muito feliz e surpresa ao sair de sua mesa e vir me cumprimentar com um aperto de mão pelo meu desempenho nos trabalhos. Mas com certeza isto se deu em consequência do seu ótimo desempenho como professor.

A seguir um vídeo do Youtube sobre Perspectiva numa obra de arte do período do Renascimento


A seguir um vídeo do Youtube mostrando o processo do desenho de perspectiva





Agora, aproveite, é só pegar papel e lápis e começar a desenhar em perspectiva um espaço arquitetônico.



Nota:  Os trabalhos desta postagem não são recentes.

Elemento Visual / A Linha

Outro elemento visual é a linha.

Ela é fundamental para o desenho e mostra a intenção do artista.

"O respingo em si é feito com pinceladas delicadas e pequenas linhas; levei duas semanas para pintar o respingo." David Hockney



A LINHA

A linha surge com a união de pontos. Ela é o ponto em movimento. Ela dirige o nosso olhar. Nos exemplos abaixo ela se torna mais lenta, devido às suas interrupções:

_ __ __ __ __ __
- - - - - - - - - - - - - -
. . . . . . . . . . . . . . . . . .

Neste outro exemplo ela fica mais lenta e mais pesada:

_ l _ l _ l _ l _ l _ l _


A linha contínua é mais rápida e leve:
_____________


A linha não existe na natureza, é uma criação do homem, que é capaz de imaginá-la e com elas criar formas.



Para o desenho a linha é essencial, ela descreve a forma, ela mostra a intenção do artista, seus sentimentos, suas emoções, sua maneira de ver através do gesto, da mão. Ela pode, por isso, apresentar várias formas e provocar sensações. Pode ser reta (rigidez, dureza), imprecisa, ondulada (movimento e rítmo suave), curva ( suavidade), quebrada (movimento), vertical (elevação, esperitualidade, equilíbrio), horizontal (repousouso, calma), inclinada (movimentgo, instabilidade), espiral (movimento para o centro ou para fora), hesitante, grossa, fina, longa, curta, fraca, forte, etc. O homem com diferentes instrumentos trabalha graficamente a forma, a imagem, o significado, unindo assim, forma e expressão. A linha cria formas, mas o branco do papel também, como no desenho a seguir. 

"No céu não vemos um ponto, mas pontos. Esses pontos criam formas. Entre os pontos praticamente a linha aparece, entre vários pontos, várias linhas. O céu estrelado nos mostra pontos inumeráveis. Não são todos igualmente acentuados: uma estrela brilha mais que outra. Esses valores desiguais de luz por sua vez produzem formas. Pensai nas constelações. Elas também são formas. Digo simplesmente que a forma não está ausente do céu estrelado quando o observamos em sua aparição natural." (Mondrian)


  

"O Rapaz de Calção" - Leíse Paim
grafite s/ papel
Desenho de Observação







"A Mulher e o Sonho" - Leise Paim
técnica mista (serigrafia e guache) s/papel canson



Um desenho é formado por linhas, pontos e formas. No trabalho anterior houve a intenção de imitar a realidade, ou seja, foi criada uma cena observada, e onde as sombras da figura transmitem uma profundidade do espaço, uma tridimensionalidade.

No trabalho "A mulher e o Sonho" a intenção foi transformar uma forma abstrata numa forma figurativa, uma cena imaginada. Foi feito com tinta guache, que é uma tinta solúvel em água, opaca e com grande poder de cobertura, onde as cores claras podem ser colocadas sobre as escuras. É uma técnica de pintura mas também é usada para desenho.

A seguir um vídeo do Youtube sobre Ponto e Linha.
 


Que tal fazer agora um desenho com algumas destas linhas?



Veja em:
http://www.colegiodante.com.br/escola/webquest/fund_i/mondrian/index.htm



Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.